Os obstáculos... Ah, os obstáculos.
Quantos deles me foram jogados?
Muitos outros por mim criados.
Se de um, me desvencilho,
Noutro tropeço e me recrio,
Mas antes me inclino.
Topei com um, outro dia.
Topei, como quem topa com o dedo,
Como quem chuta assoalho e suas estrias.
A dor, insinuante e cheia de evidências,
Envolve e domina a mente, exercita a paciência,
Haja paciência, pra trazer ao centro, o sujeito e sua decência.
Havia um obstáculo, pedante, imponente.
Sorria, gargalhava, mostrava língua e dentes.
Fez sombra e denotou minha pequenez com a fragilidade adjacente.
Que se dane, vou seguindo a trajetória.
Mais hora, menos hora, conto a mim mesmo a história.
Para não esquecer dos detalhes, das migalhas e praticar a memória.
Obstáculos, sólidos, intransponíveis...Que nada!
Todos são o fim ou o começo de uma piada.
Por isso vale e é até bom que diante deles ou depois, permita-se uma risada.
Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
12.09.2017
17:03h.