segunda-feira, 22 de agosto de 2016

POESIA: Valores.

Qual o valor das coisas e pessoas deixadas de lado?
Não quanto custam,
Mas seu valor afetivo é do que falo.

Amigos que se deixaram,
Não por que não se suportavam,
Mas por que as circunstâncias os obrigaram.

Um brinquedo muito usado,
Que já não se brinca mais, não por que não queremos,
Mas por caridade foi doado.

Um casaco que já não me serve.
Se cresci, ou se ele já não me agrada.
Melhor que vá para quem melhor o veste.

As coisas mudam de valor, este é o intuito.
De acordo com o dono, de valor mudam.
Se a mim nada custa ao outro, talvez custe muito.

Sem falar das coisas que, preço não tem.
Por que nos faz lembrar.
Lembra-nos de momentos a sós ou com alguém.

O certo é que o valor das coisas é um,
E das pessoas é outro.
Não é bom que estes valores se troquem, de modo algum.

Valorizar algo ou alguém,
É ato de amor ou desdém?
Hoje, valorizo tudo, coisas e pessoas, as boas e as que não convém.

Valorizo, porque cada qual me ensinou.
Por isso sei que também tenho valor,
Ainda que ele mude, entre pessoas, gosto de como sou.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
22.08.2016
09:41h.


- Photo by: Silvio A. C. Francisco - Charqueada/SP - 22.03.2014 -

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