- Quem sois aí de costas, virada para o precipício?
- Precipício? Não havia notado, olhava a paisagem que me deixa encantado.
- Quem sois então que carregas consigo este estandarte?
- Sou a força que move o artista, ideia de toda parte, muito prazer: Arte!
- Não digas bobagem, como podes ser, se algo tão sublime não tem forma?
- Sem forma, garanto que não sou, tenho a forma da dor e também do amor...
- Multi forma é o que afirmas ser?
- Entendeste fácil homem de perguntas infinitas por fazer.
- Pois se é arte e multi formas também sois, mostre-se em tela e tinta por favor?
- Sou produto da mente humana, fruto do esforço de um ou de várias partes.
- Quer dizer então que não te fazes por si só, divina arte?
- Já disse, dou flores se me plantarem e me cuidarem, Serei o todo depois que me fizerem as partes.
- Mas, eis que lhe pergunto mais uma coisa: Não tens curiosidade sobre quem a indaga?
- Ora caro amigo, sei bem quem sois, por isso não me preocupo se tens nas mãos flores ou adagas.
- Como podes, se nem me apresentei e tão pouco dei-lhe pistas?
- Pode um homem não entender de todas as artes, mas a Arte, jamais deixará de identificar um bom artista.
Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
17.11.2014
12:29h
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