sábado, 18 de julho de 2015

POESIA: Casa Cheia.

A casa se enche de pureza,
Instigante alegria, mostra sua beleza.
Todas as portas abertas para circular o ar,
Renovando tudo que tiver que se renovar.

Sorrisos e vozes de criança,
Trazem vida, amor e esperança.
Carregando a casa de amor solar.
Renovação de boas vibrações no lar.

Deliciosamente, ouço passos curtos e rápidos,
As cores vibram, brilha e reluz, tudo que antes era pálido.
Vorazes por sorrisos e momentos lúdicos,
A música que vem do rádio, ganha sons adicionais dos pequenos músicos.

Uma bateria de gritos
Que afugentam os adultos pensamentos aflitos.
Gloriosa é a casa cheia desta imensa intervenção.
Que rompe tristezas e preenche o coração.

Que tudo isso seja uma constante,
É uma benção, poder ver estes olhos brilhantes
Que mais dias como este se repitam e virem rotina,
Preenchendo por completo a nossa retina.

Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
18.07.2015
11:55h

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Homenagem a amigos/primos

O poema: 20 anos...

É uma homenagem para um casal, de amigos/primos, que fazem aniversário de casamento no dia 14.07.2015.

Parabéns Pombinhos!

Silvio A. C. Francisco

POESIA: Vinte Anos...

Não é fácil ser pai, não é fácil ser mãe.
Ser esposa ou marido também não é fácil.
Afirmativas que ouço e delas não me desfaço.

Certo dia, olhares se encontraram.
Meus e seus. Era diferente, não podia ser de outro jeito.
Sentimos forte, como a presença espirituosa, que aquece o peito.

Veja só como a vida cria homens e mulheres...
Eu falo de mim primeiro! Em nossa jornada...
Aprendi cedo a dor da perda. Que bom que já estava casada.

Você tinha bagagem,
Sabia, aparentemente mais...
Como esquecer o carinho seu, dedicado a seu pai?

Quando nos certificamos que uma família seria edificada,
Não nos esquecemos, que um alicerce é o que sustenta.
Por isso, em primeiro vem Deus, todo resto se ajeita.

Ah sim! Já erramos muito e acertamos tantas outras vezes.
O caminho é longo, há de ter paciência, muito mais sabedoria.
Muito embora, às vezes somos pegados de surpresa. É o dia a dia.

Já vimos muito como um só. Como casal, que anda lado a lado,
Mas sei bem meu lugar, sei que você reconhece e também sabe o seu.
Sabemos encontrar a luz, mesmo que às vezes tudo seja negro como o breu.

Aprendemos e ensinamos aos nossos,
Tens dúvida? Seja do que for, o que assolar o coração teu...
Toda resposta podemos encontrar no livro de DEUS.

E se a gratidão for uma virtude, também é a solicitude.
E você sempre solícito, me ajuda com esmero...
Também... Conhecendo sua alma, é só o que espero!

E se o assunto é nossos filhos,
Mesmo preocupados, sabemos que não estarão sempre por perto.
Sabem que podem acertar ou errar, mas procurem o que é certo.

Companheiros, amigos e parceiros...
Tantos desejam ter alguém com esses predicados,
Somos feitos um para o outro, mesmo. Por isso estamos casados.

Sendo sagrado,
Selados estamos. E o que Deus uniu, o homem não separe...
Sabemos que se depender Dele, não há mau que não se repare.

Não sei quantos passos ainda nos restam,
Nem quantos suspiros ainda nos encherão os pulmões.
De certo desejamos sermos peixes de Deus, pescados por seus arpões.

Vou findar este texto, que nada mais é que o traduzir de um pedacinho de nós,
Agradeço ao Altíssimo, que muito fez e ainda faz por nossa família.
Pouco importa se o que nos resta é caminhar por largas estradas ou uma pequena trilha.

Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
13.07.2015
19:41h

POESIA: A Batalha de 48 horas!

Não tenho certeza sobre quase nada.
Pouco do que há, nesta imensidão de coisas, ainda me seduz.
De certo mesmo, o que antes me cegava com seu brilho,
Hoje, nem com mil holofotes apontados, refletiria alguma luz.

Desejo certo, incólume, sem interferências de algo ou alguém?
Se quer algum!
E parafraseando o povo, que às vezes fala sem pensar:
"Melhor na mão um pássaro, do que nenhum."

Mas o que eu faria com um pássaro em minhas mãos?
Daria a ele a sensação do que é ser preso, apegado e infeliz?
Teria eu, que já não sei direito o que é liberdade, ensinar seu significado?
Melhor seria, beber da água de uma fonte, do que usá-la como chafariz.

Neste momento de reflexão, quase tudo invade minha mente,
Se tudo o que quero, agora no auge do desespero, é uma mochila e um caminho.
É tanto o que penso e pondero, que quase sobra pra cima da cabeça.
Não, quero é coragem! Terminar algumas coisas, calejar os pés que pisarão outros espinhos.

Ainda penso, no pequeno e na moça-mulher.
Os dois em casa, cada um com seus sonhos e desejos.
Eu com vontade de por os pés lá fora
E deixar que o sol ou o vento batam em minha face, como beijos.

***

Dias atrás, travei uma batalha.
Quarenta e oito horas de intenso prélio. O inimigo, habitava em mim.
Eu também visitei-me. Não me assustava com o lugar escolhido para a luta.
Achei que conhecia bem cada ponto de espreita. Jamais imaginaria ser uma terra sem fim.

Os demônios, que eram inimigos, me abraçaram, convidando-me para um passeio.
Diziam que eu deveria ir. Lá, encontraria respostas que tanto anseio.
Do alto de um penhasco, fui posto pelo inimigo, lá embaixo um mar negro e calmo.
Pular, pule! Era o que incentivavam, parecia sem solução, se não um fim, por este meio.

Mas em um lampejo, um momento ergui a cabeça,
Havia tanto construído naquele lugar.
Tudo deixou de ser estranho e ganhou conforto, breve, mas intenso.
Senti por um ínfimo tempo o aconchego do meu lar.

Naquele momento, sabia que poderia saltar, mas deixaria para trás algo por fazer.
Se neste mundo pus os pés e um dom fora me dado, preciso fazê-lo resplandecer.
Tirei os braços dos demônios de meus ombros e olhando para cada um, desafiei-os.
Pronto! Iriam de fato me conhecer. O grito que dei a eles, foi um tipo de: Muito prazer!

Todos perderam o ar e de amigáveis transformaram-se em feras horríveis,
Eu preferia assim, gosto mais quando o inimigo mostra logo sua cara...
Melhor do que quando escondem-se atrás do que não são.
Agora poderia empunhar minhas adagas, com uma força, que parecia rara.

Mesmo cheio de coragem e vontade de travar o embate corpo a corpo,
Fui golpeado a traição, me apresentaram à face todos os meus medos.
Senti que iria cair, somente então foi possível perceber Quem me mantinha em pé.
Não mostra o rosto, mas se Ele apertasse um demônio, poeira escorregariam por seus dedos.

Continuei abatido, percebendo que nada eu era e ainda não sou...
Essa batalha tão grande não era mais somente minha. Como fui ignorante.
Todos os demônios fugiram um a um e aquele lugar, jazia, não vazio,
Mas espaçoso e revigorante.

Tinha de novo o comando de minha vida?
Quando foi que o perdi?
Parece que aprendi algumas coisas e uma delas foi que,
Melhor chorar na hora certa, para aprender em que hora devemos rir.

Eu sabia e sei Quem me sustentou nas quarenta e oito horas.
Ele que quebra demônios, com cara de bonzinhos ou com jeito rude.
Muitos de vocês que leem meu poema, também sabem.
Pena que na hora não fiz reverência, não houve tempo, não pude!

Mas aqui fica meu agradecimento.
Sei que nadei por dias em rio que não dava pé...
E quando meus braços e pernas se cansaram,
Fui salvo, pondo a prova a palavra Fé.

Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
13.07.2015
18:28h

domingo, 5 de julho de 2015

POESIA: O Jorrar da Nascente Dela

Uma pergunta, questionamento, uma indagação.
Seguidos de um silêncio, pensativa reflexão.
Mesmo assim, olha-me dizendo não saber a resposta,
Pediu com jeito a interpretação, um desafio, quase aposta.

Olhei para ela... Num instante busquei em mim tudo dela.
Atitudes de guerreira, olhos fixos, mas na mão ao invés de faca, atitudes singelas.
Como um prédio em ruínas, que parece aguardar um sopro para se desfazer,
Mas quando chega o vento, o tal sopro... A brisa! O que ocorre, é sua forma refazer.

Pesa-lhe os fatos da vida, pesa-lhe as coisas mal resolvidas,
Sangra em silêncio, vertendo as coisas remoídas.
Sabes que tens metas, lembras bem das compridas. E jamais esquece!
Não deixa se perder dentro de si, nem em meio a outras coisas primordiais. Padece!

E voltando a pergunta que não quer calar, que veio a calhar...
- O que, Daniela? Que jorra desta sua volumosa nascente, veio d'água, que do peito vem brotar?
Brota muito, muito se vê, muito se sente, muito, tanto que olhando de longe, pode-se notar.
A força, virtuosa no silêncio, a sabedoria em calar-se quando a maioria mataria para falar.

Brota e jorra fortemente, tanto que minh'alma venturosa, banha-se abundantemente,
Jorro, d'água quente que escalda minhas feridas, curando minhas chagas com as suas congruentes.
De fato, não há outra palavra que consiga expressar,
Se brota dentro de ti com tamanha pressão, que mal pode, lá dentro segurar?

O que jorras de ti amada mulher, é uma mistura, que para ter único nome, teríamos de inventar.
A mistura, que tem na composição, o amor por si mesma, pelo próximo, a fé e o tesão de lutar,
A coragem, que às vezes diminui, mas nunca há de faltar, a ternura, o desejo e a dedicação,
O companheirismo, a entrega, a solidariedade e a certeza pura, que os sábios fazem menção.

Querida, a resposta que procuras, definitivamente, por completo jamais poderia conceder-te.
Claro como a luz, fica aos teus olhos e dos outros, que jorra de tua fonte, uma mistura atraente.
Que atrai os que gostam de sentir-se afagados, confortáveis e contentes. A exemplo o filho teu!
Espero apenas que se dúvidas ainda existirem, que sanadas sejam nesta vida, por mim ou por Deus.

Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
05.07.2015
22:24h