São tantos sonhos
Presos em uma só caixa,
Um sarcófago de madeira
Vidros e metais,
Aprisionando tanto.
Vejo nos rostos
O conformar por não ver
Por não ter outra saída.
O que fará de nosso fim,
É o meio aqui instalado.
Tantos sonhos,
Ou apenas um sonho.
O sonho! Cada um com o seu,
Do tamanho de um passo.
Um passo no céu.
Enquanto não...
Andamos no vazio,
Lotado de tudo aquilo
Que não nos pertence.
Sonho dos outros.
Mas o mundo
Com seu povo moderno
Está assim!
Um ajuda o outro
A construir o sonho alheio.
Desde que algo apeteça ao próximo,
Desde que leve vantagem,
E que esta seja clara,
Evidente, contundente e firme.
A lei do: Ajudo se convém.
E um sonho é só mais um,
No meio de uma imensidão
Se não for trabalhado,
Decidido e lutado
Continuará sonho.
E mesmo que acordado,
Ainda que desperto,
Tens o direito de sonhar.
Sonhando com olhos abertos,
Pode até deixá-lo esperto.
E quando decidimos,
Que de sonho vai tornar-se real,
Vai ser palpável como uma joia,
Ou vibrar pelo ar, como uma música,
Colocamos os pé no assoalho frágil.
Cada passo, um rangido diferente.
Às vezes rangido do assoalho
Outras vezes de dentes.
Começou a caminhada, mas
Desistir ainda é uma opção.
Ainda não é um desejo.
Abandonar seu sonho,
É abandonar a si mesmo.
Por isso ainda insistimos
Só mais um pouquinho.
Nada é fácil,
Nada que queiras verdadeiramente.
Sempre haverá uma pergunta,
Uma dúvida ou muitas.
Existirão sempre os poréns.
Cabe a quem, vencer poréns?
Ao dono do sonho?
A outro alguém?
Ao dono, óbvio!
Nunca deverá ser diferente.
Abracemos nossos sonhos.
Gritemos a nós mesmos
Que faremos, seja o que for
Para findarmos o projeto
E vejamos o que nos espera.
De uma coisa,
Antecipadamente saibamos,
Nada, verdadeiramente nada
Será comparável às sensações
Obtidas no final da corrida.
Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
26.08.2015
12:24h
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