segunda-feira, 6 de junho de 2016

POESIA: O Que Há de Errado?

Mas o que há de errado?
O que há de errado com o saber?
O que há de errado com o ter?
O que há de errado com o querer?

Sabendo, que saber o todo é lúdico...
Diz-se então saber muito para um público,
Onde tudo que sabes na verdade mais da metade é fútil,
Porém ostentas com segurança tênue a mentira com olhar búdico.

E o que tens, tens demais.
Tens além do que te daria paz.
Tens o que merece, mas quer mais...
E quando não tens ainda mais, entristece por demais.

Aí quer por querer, ainda que de vontade vil.
Sentindo a dor da perda do que nunca possuiu,
Fica a delirar, nutrindo desejos podres na mente covil.
Adoece corpo e alma, tanto, que deixa ambos febril.

Gasta-se tempo com o que te adoece,
Não tem coragem nem humildade de dobrar os joelhos para uma prece.
Ouve os gritos do subconsciente e os ignora, logo padece.
Não pensa e nem muda por que dá trabalho, daí se aborrece.

Volta para os erros de enganar-se sobre o saber,
Agarra-se aos enganos do estranho querer sem dever,
Vai buscar e ter o que não te preenche a alma, o famoso ter por ter.
No fim será só o fim... Com um vasto vazio entre o que você se tornou e o que de fato deveria ser.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
06.06.2016
09:33h.

- Photo By: Silvio A. C. Francisco - Fonte dos Namorados - Poços de Caldas - MG - Jan/2012 -



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