terça-feira, 25 de setembro de 2018

POESIA: NO CONJUNTO DAS SOBRAS

No conjunto das sobras,
Que o tempo não levou...
Sigo procurando um momento
Que muito me custou.

Foi de quando, a contento,
Me fiz de completo desespero.
E agindo como um tolo,
Me atirei primeiro.

Mas você, não veio.
Ficou parada à beira,
Permitindo que a distância
Tornasse a dor, cada vez mais derradeira.

No conjunto das sobras,
Que o exemplo me mostrou...
Remexo nas lembranças,
Que o medo quase desmemoriou.

Me faço de rocha,
Pedra dura, lisa e não porosa.
Para não absorver as coisas,
Cujas habilidades me colocariam à prova.

Ainda hoje, me sinto caindo
E quanto mais caio, menos me afasto
Sendo assim seria o momento...
Mágico, não fosse nefasto.

E você, não veio... Não vem.
Nem que bom, a ti, pareça.
Trazendo deleitável esperança,
Que de tal seja verídico, lhe apeteça.

No conjunto das sobras,
Praguejei e ameacei uma luta.
Comecei e parei algumas obras,
No conjunto das sobras, entre eu, razão e emoção, permutas.

Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
15.06.2018
12:42h.





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