Vesti-me de ódio e saí para a Guerra.
Subi as calças do rancor,
Apertei os cintos do amor,
Amarrei os cadarços da dor.
Vesti-me de afeto para amar a bela mulher.
Abotoei a camisa da alegria,
Calcei sapatos da simpatia,
Mas deixei de lado o chapéu da revelia.
Vesti-me da libido para acariciar o corpo quente.
Usei a camiseta da sedução,
Calcei meias da paixão.
Não usei suspensórios no coração.
Despi-me da vergonha para conquistar triunfos.
Dorso nu, deixei à amostra os desejos,
Expus o restante sem compaixão e medos,
Desnudo, sutil decisão, escorreu vaidades entre dedos das mãos.
Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
10:28h
21.04.2014
Poemas, textos e digitadas que tive coragem de postar! APROVEITEM!
segunda-feira, 21 de abril de 2014
domingo, 20 de abril de 2014
POESIA: RIOS DA SAUDADE
Das salinas de minha face
Escorrem dois finos veios d'água,
Que se juntam em meu queixo
E gotejam as mágoas.
Os dois rios não disfarçam,
É saudade que se faz estampada.
Não só na face habita a covarde,
Mas o peito ela também invade.
E se a dor do profundo pesar
Insiste em molhar-me o rosto,
No peito seca e arde,
Transformando o que resta em desgosto.
Mas, basta um gesto seu,
Para disparar um alarde.
De meu peito a saudade se parte
Secando o veio d'água e florescendo felicidade.
Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
00:25h
21.04.2014
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