Escorrem dois finos veios d'água,
Que se juntam em meu queixo
E gotejam as mágoas.
Os dois rios não disfarçam,
É saudade que se faz estampada.
Não só na face habita a covarde,
Mas o peito ela também invade.
E se a dor do profundo pesar
Insiste em molhar-me o rosto,
No peito seca e arde,
Transformando o que resta em desgosto.
Mas, basta um gesto seu,
Para disparar um alarde.
De meu peito a saudade se parte
Secando o veio d'água e florescendo felicidade.
Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
00:25h
21.04.2014
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