terça-feira, 8 de julho de 2014

POESIA: AUSTERO e FORMOSO

Volumoso e de correnteza furiosa,
Causa espanto aos que olham de sua margem.
Irriga as ciliares frondosas
Que enchem de beleza a paisagem.

Austero, arrasta o que nele cai.
Mas isso não impede que se estenda vara, isca e anzol,
Piedoso, concede alegria ao homem
Que levará peixes para casa, além da lembrança do inesquecível pôr do sol.

Adiante, após a curva estreita e profunda
Fica calmo e caudaloso, mas ainda preenche-nos a retina.
Apresenta nova margem de verdejante grama
Que convida para um repouso, repelindo a maçante rotina.

Sinto tanto quando secam-lhe as quedas d'água,
E no ápice da seca, você mais parece sangrar.
Já no jubilo das cheias, transbordando tuas margens,
Novamente mostras força, desta que me fazes admirar.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
08.07.2014
12:00h

Photo by: Silvio A. C. Francisco - Rio Piracicaba - 16.10.2015



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, seja bem vindo (a)... Obrigado por acessar o Blog. Sinta-se livre para comentar, criticar ou perguntar o que quiser.