segunda-feira, 22 de junho de 2015

POESIA: A cura!

E se a morte me acometesse?
Levasse-me ao desconhecido?
Nem que fosse a escuridão e o abandono,
Já que aqui, sinto apenas sono.

Se ela abraçasse derrubando-me...
Pudesse me mostrar que já findou o tempo,
Que já esgotou tudo e se acaba a jornada,
Indiferente seria, mas estaria a dor selada.

Se chegasse logo, trombando de encontro,
Avassaladora, rompendo o momento...
Que parece demasiado,
Desligaria o futuro e que se dane o passado.

Sem delongas, ótimo então...
Que venha logo. E por desejar isso,
Já peço perdão. Mas não arredo o pé da vontade.
Que venha logo a morte, abrir a porta desta grade.

Sempre me importei com a vontade de outros.
Agora egocêntrico, vou pensar em meu desejo.
Que seja atendido logo, no fim deste poema,
Ao terminar esta estrofe, que se dissolva o dilema.

Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
22.06.2015
14:10h.

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