Quando sair, meu amor...
Me deixe um beijo
Sobre uma página em branco.
Me deixe a vida
Bagunçada pelas cores das flores do campo.
Quero lembrar a cada dia...
Que com minhas mãos
Já toquei a sua face
Tantas vezes ao longo da vida
Que a descreveria fácil caso alguém perguntasse.
Não é fácil uma despedida,
É difícil se for apenas por alguns dias,
E me aperta o peito a saudade.
Pensando na dor da sua partida,
Me vem a cabeça a palavra: Eternidade.
Em agrado a ti, querida...
Comprarei um vaso com orquídeas.
Uma flor que na beleza tem a medida
Da sua força e lealdade,
Mas que ainda não trará cura a esta ferida.
Deixe estar, minha mulher!
Ainda que eu perdure por um tempo
Sobrando na nossa vida.
Estarei contando os dias
Em que alguém também sentirá minha partida.
Por hora, vou embora e me afasto...
Sabendo que o reencontro é uma dúvida.
O que me consola é o que vivemos.
Desafiamos o tempo e algumas lógicas,
Sem estagnarmos diante dos medos.
Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
30.09.2015
01:34h.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá, seja bem vindo (a)... Obrigado por acessar o Blog. Sinta-se livre para comentar, criticar ou perguntar o que quiser.