Olhando da porta, eu vejo o vai vem...
De gente apressada que até se inclina,
Para cumprir a rotina,
Que lhe convém.
Olhando da porta, aprecio o desfile...
De mulheres que insistem
Em mostrar o que tem.
Assim desafiam o viés, que tenta ser um limite.
Olhando da porta, inclino a cabeça...
Fico com a visão torta,
Para entender como gente que não se suporta,
Quando se encontra, se abraça e se beija.
Olhando da porta, vejo gente que se deseja,
Mesmo não podendo se ter.
Com os olhos de fome se comem se beijam,
Mas voltam cada qual para sua casa, onde insatisfeitos, praguejam.
Olhando da porta, mesmo quando nada me interessa,
Fico imaginando como seria,
Se de repente, alguém que muito me importa,
Entrasse sorrindo, me divertindo e me abraçasse sem pressa.
Olhando da porta fico, mas não o dia todo.
Tem momentos que me atenho
E sempre me convenço
De que o que tem lá fora é um ponto ínfimo de um todo.
Olhando da porta, Ainda que não seja de minha total compreensão,
Quase tudo que vejo me conforta,
O que ocorre da porta pra dentro ou pra fora,
Trata-se do mundo avançando sua rota, onde automáticos, seguimos buscando ascensão.
Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
14.04.2016
10:01h.
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