terça-feira, 12 de abril de 2016

POESIA: Mais Olhar da Alma, Menos Olhar do Preconceito.

Ao passo que olhamos para o próximo,
Mais especificamente o desconhecido.
O que nos preenche os olhos?
A aparência, superfície e o que está vestindo?

Creio que é assim,
Nosso sentido visual, sempre forte e imediato.
Então o que somos e temos dentro de nós,
Formula tudo, fulminante, em um único ato.

O preconceito é isso.
Age com a ajuda do que aprendemos, ouvimos,
Age com a aspereza e a fortificada ideia,
De que nossa verdade é a do mundo e não a que construímos.

Há tanto por aprender sobre nós mesmos...
Tanto por aprender sobre quem somos.
Por que somos?
Tanto que não deveríamos criar conceitos prévios que dão nojo.

Vendo um homem na rua,
Barba por fazer, cabelo por cortar, banho para tomar...
Vejo mais do que isso... Como fui fútil por tempos.
Havia eu, somente agora, ser capaz da verdade enxergar?

O homem mencionado, tem muito mais por fazer.
Tanto, que primeiro há de se fazer por ele, muito.
Antes até que ele mesmo o faça.
Há de ser visto nele a alma, ainda que borrada, rompendo o infortúnio.

A mim o homem chamou,
Estendeu a mão que em gesto já pedia,
O que mais tarde sua boca cansada,
Em palavras imprecisas, pediria.

"Dá me algo,
Dá me de comer?
Então, da minh'alma darei te um poder.
Verás que se me der, irá receber."

Quem já doou ao próximo,
Não aquele que nos convém,
Ao contrário disso!
Quem já deu ao que nos causa repulsa e denota desdém.

Este que doou, assim como quem ganhou,
Ganhará também! É uma troca...
Praticar a caridade é ato, que se contínuo,
Trará aprendizagem, capaz de arrancar sua mente da toca.

Que eu evolua,
Que para meus olhos, todas as pessoas sejam dignas da minha caridade.
Seja assim, para que em tudo estabeleça-se o equilíbrio.
Assim seja, para que a bondade realmente supere a maldade.

Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
12.04.2016
11:20h.

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