terça-feira, 30 de agosto de 2016

POESIA: Vamos Celebrar Seu Dia.


Antes de começar a poesia, quero mencionar que a fiz rapidamente no improviso, como num sopro. Ela é para um amigo que faz aniversário hoje (30.08.2016). Welington Cristiano Medina. Um cara que me ensinou muito na vida e ainda me ensina. Mais que um amigo, na verdade um irmão.
Parabéns Medina. Deus o abençoe muito. A poesia é simples, como nossa amizade.

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Vamos celebrar mais um dia,
Mas não é um dia como outro.
Hoje é dia de homem feito,
Que ainda tem muito por fazer pelos outros.

Vamos dar graças,
Pois é nítida a evolução.
Homem que dá orgulho aos que o conhece,
E preenche da alegria nosso coração.

Cresceu e ainda cresce.
Se faz firme e denota força e finca-se em pé,
Mesmo quando padece...
Tudo isso é fruto da fé.

Quem pode estar a seu lado,
Sabe do que digo.
Ontem era um,
Hoje és outro, meu amigo.

E como é reluzente,
O brilho de tua alma.
Sabe quando dar força a outro,
Mas também é sábio para proliferar a calma.

Dono de certezas,
E delas tentas convencer aos demais.
Não tenho dúvida de sua força,                        
Força esta que orgulha seus pais                        

Não há dúvida,
É seu, o dia.
Mas sou eu quem ganho o presente.
Pois mesmo quando estás longe, sinto sua companhia.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
30.08.2016
11:21h.

POESIA: Erro do Outro e o Erro Meu.

Tanta determinação,
Para provar,
Que o erro do outro é maior,
Então, é merecido condenar.

Normal, justificar nossos erros.
Dizer ao próximo que você não é santo,
Mas não erra como o outro.
Na verdade, todos erramos, e erramos tanto.

Triste, é esta falta de humildade.
Desejamos ainda, sentirmo-nos forte...
Apontamos defeitos dos que nos cercam,
Com dedos duros de morte.

Até quando?
Até quando vamos continuar soberbos?
Será que é só falta de humildade?
Ou haveria de ser também, o medo?

Não é por falta de bons exemplos.
Existem vários deles na literatura,
E tantos outros, surgem diante dos nossos olhos,
No trabalho, em casa e na rua.

O que nos falta... O que nos falta de verdade,
É olhar mais para a realidade e do outro ter compaixão.
Pois quando ele erra, basta lembrar,
Que todos erramos e somos dignos de perdão.

No entanto,
Não sejamos inférteis, solo duro e seco.
Farei a prece para que quando errarmos
Aprendamos com nossos erros.

Com isso, nos tornemos mais sábios,
Menos medíocres e ainda, menos cínicos.
Que de nós floresça a tolerância,
Renovando-se em minutos cíclicos.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
30.08.2016
09:48h.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

POESIA: Rouba, Mas Faz?

Ainda há...
Pessoas que sorriem sem parar.
Oferecem o mínio para te comprar
E apertam sua mão em gesto firme,
Desejando enganar.

Por que será?

É por que ainda há,
Tamanha ignorância para aceitar,
Ser enganado por gente má,
Que compra seu voto por migalhas,
E depois vai carregar os próprios bolsos com uma pá.

Me dá, me dá...
Um milheiro de tijolos,
Uma dentadura nova,
Ou então, cinquenta contos,
Pra a gasolina eu colocar.

Me dá, me dá...
Uma dúzia de ovos,
Um revestimento novo no sofá.
Me dá um abraço forte e um aperto de mão,
Só para ganhar meu voto que te dará credencial para roubar.

Agora você me diz, seu bitolado...
Com papinho furado,
Que fulano é da paz.
Deixa de ser otário, ajudando ele,
Você será comparsa de vagabundo, mas "tudo bem"... Ele rouba mas faz.

É vai crendo nisso,
Por isso a política está este lixo.
E toda hora é safado pegando dinheiro do povo,
Dando sumiço, e aí o que te resta:
É torcer para os "Sérgios Moros" fazerem bem os seus serviços.

Já que não deu certo,
Nos quatro últimos anos,
Com eles, melhor não estamos,
Por isso, se é pra continuar de novo, arriscando.
Ao menos que a gente dê lugar para quem é novo no ramo.

Seu voto é particular,
Eu sei, mas tenha por você o mínimo de jeito.
Por que já chega,
De sustentar a corja de bandidos sem respeito,
Vai apertar o botão verde? Tá, ok! Vê se faz direito.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
25.08.2016
12:36h.


- Imagem retirada do site: http://youpix.virgula.uol.com.br/top10/os-tipos-de-aperto-de-mao/ - 25.08.2016 -

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

POESIA ou Música: Arrisque Tudo em Mim

Eu conheço bem,
Teus trejeitos e tuas manhas.
E sei como ninguém,
Que perdendo pra você, é que se ganha.

Só quem já foi buscar,
O teu olhar que mirava longe.
Sabe o valor que se dá
Ao conseguir cruzar a tua ponte.

Eu sei, que não existe amor perfeito,
Mas sei que eu me encaixo no teu jeito...
De ser, de querer,
Eu tenho muito pra te oferecer.

Eu posso dar o que você procura,
O amor que machuca, também pode ser a cura.
Vem ver, o quê...
Posso fazer, por você.

Refrão:

Arrisque tudo em mim,
Vou te ensinar
Que o fim só vai se dar,
Quando a gente quiser, vem ser minha mulher.

Arrisque tudo em mim,
Pra ver que não é brincadeira
O homem, que enfim
Vai te fazer mulher inteira.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
24.08.2016
10:15h.

- Imagem retirada do site: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Namorados-na-Praia/ - 24.08.2016 -



segunda-feira, 22 de agosto de 2016

POESIA: Valores.

Qual o valor das coisas e pessoas deixadas de lado?
Não quanto custam,
Mas seu valor afetivo é do que falo.

Amigos que se deixaram,
Não por que não se suportavam,
Mas por que as circunstâncias os obrigaram.

Um brinquedo muito usado,
Que já não se brinca mais, não por que não queremos,
Mas por caridade foi doado.

Um casaco que já não me serve.
Se cresci, ou se ele já não me agrada.
Melhor que vá para quem melhor o veste.

As coisas mudam de valor, este é o intuito.
De acordo com o dono, de valor mudam.
Se a mim nada custa ao outro, talvez custe muito.

Sem falar das coisas que, preço não tem.
Por que nos faz lembrar.
Lembra-nos de momentos a sós ou com alguém.

O certo é que o valor das coisas é um,
E das pessoas é outro.
Não é bom que estes valores se troquem, de modo algum.

Valorizar algo ou alguém,
É ato de amor ou desdém?
Hoje, valorizo tudo, coisas e pessoas, as boas e as que não convém.

Valorizo, porque cada qual me ensinou.
Por isso sei que também tenho valor,
Ainda que ele mude, entre pessoas, gosto de como sou.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
22.08.2016
09:41h.


- Photo by: Silvio A. C. Francisco - Charqueada/SP - 22.03.2014 -

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

POESIA: Basta Olhar Para Dentro.

Como poderá ser diferente,
Se ainda fazemos coisas iguais?
Vem de quem deveria ser coerente,
A distorção de verdades e mentiras fatais.

Como será melhor?
Já nem mesmo nós podemos garantir.
Muita gente sentindo dó,
Mas virando as costas pra poder sorrir.

Ainda vêm gente
Dizer que se importa com o outro.
E dar tapinhas em costas doentes,
Tentando afogar o insistente choro.

Basta, olhar para dentro.
Está em nós, está em nós.
A força e a resposta,
Para a pergunta que nos dá medo.

Em meio a tantas cabeças pensantes,
Alguma sempre tem a luz.
Que resplandece por alguns instantes,
Até que algo vil, lhe seduz.

Basta olharmos em volta,
E vermos quanta gente viva.
Procurando no teto, uma porta,
Quando dentro de si é que se encontra a saída.

O mundo está cheio de exemplos.
Basta cada um escolher o certo.
Temos que fazer o momento,
Para que o momento não faça de nós um mundo deserto.

Basta, olhar para dentro.
Está em nós, está em nós.
A força e a resposta,
Para a pergunta que nos dá medo.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
19.08.2016
15:50h.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

POESIA: O Sonho Maior

Existe um sonho bem maior,
Maior que tudo que eu já quis.
E quando eu penso em vivê-lo,
Só o pensamento, já me faz feliz.

Ainda assim,
Não me deixo enganar.
Melhor do que querer...
É batalhar para realizar.

Existe um plano de insana lucidez,
Que eu deixo aflorar, por que já criou raiz.
É para saber se o que de fato quero,
Eu realmente quero, ou se é só capricho infeliz.

E tudo isso me faz pensar,
Quantas pessoas querem, por aí...
E o que querem, querem mal.
Por não saber o que é melhor pra si.

Em algum lugar, o sol já nasceu.
E nasce junto a oportunidade.
Vou batalhar pelo que é meu,
O resto, eu ganho com a humildade.

Melhor do que querer algum presente,
É saber agradecer o que em tua vida já se inclui.
Seja algo novo ou o de sempre,
Como pode querer bem, se não sabe valorizar o que já possui?

Exercer o ato de querer,
É fundamental para crescer e evoluir,
Mas a gratidão faz parte da lição,
De um aprendizado sobre possuir.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
16.08.2016
16:02h.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

POESIA: Janela Anônima

Janelas anônimas, das quais eu posso ver
Em noites avançadas e frias a luz amarela que brota de vocês.
E de tantas janelas anônimas, uma me chamou a atenção.
Uma vida, incógnita, misturada às incógnitas de uma multidão.

Por noites e noites apenas um brilho claro resplandecia,
Do seu televisor, aquecedor das minhas ideias vazias.
Eu sentia que a solidão era sua fiel companheira
E por vezes eu imaginava bater em sua porta, só de brincadeira.

Meu coração, se apertava,
Sempre que ela, no peitoril se debruçava.
A janela aberta estava, por pouco tempo a permitir.
Uma troca mais sincera de ares e olhares que me fazia até sorrir.

Mas logo ela desistia e sumia,
Deixando a janela vazia.
Com meu coração,
Eu ficava a espera da luz que viria para iluminar nossa solidão.

Assim foram dias a fio, semanas e até um mês,
Quando repentinamente as luzes daquela janela apagaram-se de vez.
Era estranho... Ainda mais triste a falta da sua tristeza.
Já não tinham mais janelas que denotassem qualquer beleza.

E aqui do lado, no apartamento ao meu colado,
Barulhos de moveis arrastando e de objetos sendo desembrulhados.
No meu prédio vai ter uma nova janela,
Para compor outra vista. Um ponto amarelado a mais nessa tela.

Quando o barulho se acalma,
Viaja minh'alma
E meus olhos procuram a janela morta.
A esperança recém alimentada é dissolvida pela batida na porta.

Desconcertado, me lembro da campainha quebrada.
Vejo pelo olho mágico a imagem longe de uma mulher plantada.
Meu coração dispara e minha mente custa a crer...
Estava à minha porta a dona da janela que jaz morta, esperando eu atender.

Quando me livro das trancas,
Finalmente abro a porta com olhar de criança.
Ela se apresenta e diz ser minha nova vizinha...
Eu me esforçava para ouvi-la, mas só pensava: "Que sorte a minha".

Precisando de ajuda, um pouco constrangida ela vem me pedir.
Eu, que sempre quis ajudá-la, sinto aquecer o peito, isso me faz sorrir.
Depois de muito fazer por ela, recebo um sorriso como forma de gratidão.
Quem diria que as luzes apagadas da janela triste, significariam carinho em meu coração.

A moça, que da janela triste me inspirou compaixão,
Agora muito mais próxima me ensina a espantar a solidão.
A antiga janela, continua inerte, ainda parecendo morta.
Porém aprendi que janelas são belas, mas mais belo é ter alguém batendo à nossa porta.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
02.08.2016
11:07h.