sábado, 24 de outubro de 2015

POESIA: A Cama, Seja Qual e Que Cama For.

A cama pode ser de madeira,
De vara ou de lastras de couro...
O colchão pode ser de molas,
De palha ou Espuma. Pode não haver cama,
Pode existir juntas, mais de uma.
Talvez seja apenas um pano,
Acolchoado estendido sobre o chão,
Que pode ser de concreto,
Piso cerâmico, terra ou vermelhão.

Tem cama que te abraça quando deitas,
Afundando seu corpo em um côncavo.
Outras são rígidas como pedra...
Que o fazem sentir os ossos do corpo,
Seja do quadril, nuca ou costelas.
Faz lembrar que a vida é dura,
E carregada de paúra.
Porém cada dia que termina,
Deixa uma promessa.

Seja qual cama for,
Se confortável em quarto decorado,
Se alocada no relento,
Onde o vento entra sem ser convidado...
Se for grande a cama,
Onde cabe nela coisas do presente, futuro e passado,
Se for pequena e estreita,
Que se deita melhor estando de lado.
Pode ser sua ou de alguém emprestada.

Tudo pode para que sua cama exista,
Tudo pode para que nela,
Se dê o momento de findar um tempo.
De começar outro, que te fará novo.
Seja sono longo e muitas horas depois
Ou só um pequeno sono breve.
Pode ser no banco da praça,
No canto de um prédio ao lado de uma pilastra.
Pode até ser sóbrio ou inundado de cachaça.

Que nunca lhe falte cama...
Melhor ainda se nela estiver alguém.
A não ser que prefiras dormir só,
Pois ruim também não me parece.
Já que melhor vais aproveitar o espaço que a cama lhe oferece.
Se um cantinho qualquer for sua cama,
Indiferente de onde estejas repousado.
O importante é ao final da jornada,
Repousar tudo que carregou no dia, tranquilo e sossegado.

Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
24.10.2015
17:45h.



Foto by: Silvio A. C. Francisco - Meu filho dorme! - Charqueada / SP - 2015

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