sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

POESIA: Dor é o que antecede a glória.

E a dor?
Esta que nos dá tanto sofrer...
Que muitas vezes aguda,
Não nos permite esconder.
E rasga nossa alma de forma abrupta
Ou serena e calma.

Não importa...
De alguma forma ela se revela,
Às vezes aparece forte e clara,
Outras na penumbra de luz lúgubre de vela.
Dor e tristeza, nomes diferentes...
Revelando coisas iguais e insistentes.

E a dor?
Mas a dor também é causadora de crescimento.
Nos diga aquele que aprendeu com a dor,
Dar mais valor a muitos sentimentos.
Aceitar a dor é exercício,
Por fim nela, é dever! O sucesso é nisto, o benefício.

Há quem se acostume ou até goste...
Claro que tentamos evitá-la e a olhamos de relance.
Dor da alma é dor constante que não se cala...
A menos que você, dolorido se canse,
Sinta-se mexido para mudar...
Tome o remédio, mas elimine a causa para a agonia não voltar.

Tem dor de traição, dor ódio, de ressentimento e de paixão,
Há dores por ciúmes, por bater com o dedo na quina do sofá,
Dor de ingratidão, dor que ainda não sentimos, mas sabemos que vai chegar.
Toda dor tem seu tempo, por isso não tenha medo, ela chega e não fica muito,
Se você não deixar.
Mexa-se, vamos lá.

Se não souber a cura para sua dor,
Vá pesquisar!
Tem umas que se curam com amor,
Outras com colo no sofá.
Algumas com um porre e outras que sozinhas morrem,
Antes mesmo que te façam chorar.

Por isso, aproveite sua dor,
Faça dela instrumento...
Que permita ser alicerce,
Para o seu posterior fortalecimento.
Se a dor for fraca, não a aumente com palavras,
Se for forte, deite na cama, por um instante, dobre-se, desdobre e se enrole.

Apenas não perca o tesão da luta,
Pois assim, será dono da vitória.
Orgulhoso de batalhas vencidas,
É o fim... A glória.
Meta a cara! Quem manda aqui é você...
Vai pra briga e manda a dor se "fuder"!

Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
04.12.2015
15:18h.


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