Destroçado pela dor e rejeição
De um amor sofrido,
Que nunca foi correspondido.
Ainda assim,
Resolvi arriscar o que eu tinha...
Sacando a minha espada da bainha
E estendendo-a em sua direção.
Te encurralei,
Com a minha paixão tão afiada.
Vi você tremendo e sentindo uma pontada,
Dolorida, bem curtida de emoção.
E depois,
De uma noite em tempestade de luxúria.
Que nos banhava e não deixava espaço pras lamúrias.
Você me viu adormecido e partiu na escuridão.
Agora, fico eu com o coração partido.
Das lembranças que sobraram,
Ficou a imagem do vestido florido,
Que desdenhei e larguei jogado pelo chão.
Também me lembro,
Dos sentidos aguçados em sincronia,
Seu cheiro misturado ao da pele minha,
Sugerindo que embora foi-se a solidão.
Como fui pretensioso,
Imaginando que poderia arrancar-lhe
Um amor que ainda no seu peito arde...
E te faz guardar a doce dor da aflição.
Agora eu sinto o mesmo...
E compartilho com você o sofrimento,
Somos almas que contemplam um momento,
A espera de outra aventura por compaixão.
Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
14.12.2015
13:17h.
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