sexta-feira, 9 de setembro de 2016

POESIA: O Que Queres?

A despeito de eu não querer,
Sentir as dores do mandamento.
Teimo, insisto e até me apresso...
Pedindo por aprimoramento.

Dobro o joelho e me dobro,
Ou simplesmente deitado,
Antes do sono, quando às vezes
Sinto-me privilegiado, outras um coitado.

E nesta de como me sinto,
Agradeço, mas continuo pedindo...
Ainda me ponho a pensar se Ele,
De fato está me ouvindo.

Forte é a fraqueza da alma,
Que assola os pensamentos...
Me fazendo vacilar na crença,
Tentando perpetuar este indigno sentimento.

Mas me lembro... "Aprimoramento".
Já percebi e compreendi, é a sina da espada.
Coisa certa é que,
Para ser forte, tem de ser forjada.

Vai no fogo, depois repousa...
Sobre a bigorna é que te deitas,
Pra levar as marteladas, golpes que lhe acertam,
Te farão espada quase perfeita.

Então já não reclamo dos contratempos.
Sinto as dores, me abato e suplico ânimo.
Esmorecer pode,
Mas não permanecer neste âmbito.

Como poderia, afinal
Pedir por crescimento,
E quando me é dada a chance,
Reclamo do momento?

Quer ser forte,
Quer ser espada certeira e afiada,
No entanto chora e reclama,
Ao bater das marteladas.

Aprenda a querer,
Para isso aprenda suportar.
Só assim saberá de fato, ter e ser.
Aprenda, não por aprender, mas para merecer.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
09.09.2016
14:43h.

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