segunda-feira, 5 de setembro de 2016

POESIA: Quem é Dono de Quem?

Da caridade,
Espero precisar apenas
Ser o caridoso,
Que concede em gesto nobre,
Aquilo que o carente necessita.
Se dá assim, um gesto honroso.

Mas da caridade,
Já fui muito, o carente,
Que por momentos inúmeros,
Aguardei do caridoso
Aquilo que me fazia falta...
E recebi das plantações doutro, os frutos.

Nada... Nada como a necessidade,
Para aprimorar a humildade.
Nos ensinar sobre nobreza.
Quem é maior que a vida?
Quem, que de tão grande, enquanto passa por ela,
Jamais aprecia seus momentos de beleza?

Assim como a vida, o ser.
O ser, que como a vida, tem sua grandeza,
Sua importância e também carrega sua beleza.
Ainda que em momentos ordinários,
Advindos da canalhice do próprio ser...
Há sempre uma oportunidade de grandioso, se fazer.

Para tal... Para que seja imenso...
Terás de ser pequenino,
Mostrando aos olhos menos atentos,
Ser fraco e ingênuo.
Doando àquele que usualmente se condena,
Provando seu desprendimento.

Assim será o mais forte.
E ai daquele que ousar testar sua força.
Pois tudo na vida... Aquela maior que todo o resto.
Tudo nela, conspirará a seu favor.
E a brisa que sopra em sua face,
Tornar-se-a tempestade, na cara do falso modesto.

Se fizeres, faça e cale-se.
Se te pedirem e puderes ajudar,
Ajude, sem murmuria e reclamação.
Faça, por que é gesto de bondade.
Não por que queres mostrar a todos que é bom.
Doe, sem antes reclamar de sua condição.

Lembrando que, se tens para doar...
Ainda que seja pouco,
Significa que mais do que precisa, tens.
Logo, a abundância habita sua vida.
O proprietário é quem tem o controle...
E mostra aos bens quem é dono de quem.

Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
05.09.2016
10:59h.

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